sábado, 17 de novembro de 2018

Buracos Brancos

Buracos brancos seriam uma região do espaço-tempo onde nada poderia entrar e estariam conectados por um buraco de minhoca a um buraco negro.

Hipoteticamente falando, toda matéria e radiação absorvida por um buraco negro seria expelida por um buraco branco.

Alguns teóricos conjecturam que o próprio Big Bang poderia ter sido um desses objetos. 

Mas, apesar de serem matematicamente possíveis, sua existência física é duvidosa.

Referências Bibliográficas:

VON RÜCKERT, E. Colapso Gravitacional - Buracos Negros. Rio de Janeiro, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 1980

https://arxiv.org/abs/1105.2776

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Big Bounce

A teoria do Big Bang é considerada o "modelo cosmológico padrão", ou seja, a explicação mais aceita pela comunidade científica para a evolução do Universo. 

Mas, na Ciência, não há lugar para verdades absolutas. Por isso, várias outras teorias alternativas foram propostas em contraposição. Uma delas é o modelo do Big Bounce.

Existem alguns problemas com a teoria do Big Bang, como a suposição de que, no início, o Universo estaria concentrado em um estado de densidade infinita (singularidade) e o fato de não explicar o que havia antes. As equações da teoria da Gravitação Quântica em Loop podem fornecer soluções para esses problemas. 

Pelo Big Bounce, a expansão do Universo conhecido teria começado com uma densidade extremamente alta, mas não infinita. Além disso, propõe-se que a atual fase de expansão teria sido causada por uma fase anterior de colapso. Dessa forma, o Universo seria eterno e alternaria entre infinitos estágios de expansão e colapso.

A proposição de explicações alternativas na Ciência é de extrema importância, pois assim o conhecimento científico se aprimora e evolui.

Referências Bibliográficas:

NOVELLO, M. Do Big Bang ao Universo Eterno, 2ª Edição, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2010

ROVELLI, C. A Realidade não é o que Parece, 1ª Edição, São Paulo, Companhia das Letras, 2014

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Gravitação Quântica em Loop

Gravitação Quântica é um ramo da Física que tem por objetivo elaborar teorias que unifiquem a Mecânica Quântica com a Relatividade Geral. Explanarei neste texto sobre uma de suas propostas, que é a Gravitação Quântica em Loop.

O ponto de partida dessa teoria é a equação de Wheeler-DeWitt, que pode ser escrita da seguinte forma:
Ĥ(x)ǀᴪ = 0 
Onde Ĥ(x) é o hamiltoniano restrito numa Relatividade Geral quantizada e ǀᴪ› é a função de onda do Universo
A ideia da Gravitação Quântica em Loop é que o espaço-tempo seria quantizado por "nós", interligados por "links", formando diagramas chamados "grafos" que representariam redes de spins que, juntas, dariam origem a uma grande espuma de spins chamada espaço-tempo.

Ao lado da Teoria das CordasGravitação Quântica em Loop é uma das principais propostas de Teorias de Tudo.

Referências Bibliográficas:

ROVELLI, C. A Realidade não é o que Parece, 1ª Edição, São Paulo, Companhia das Letras, 2014

BAKER, J. 50 Ideias de Física Quântica Que Você Precisa Conhecer, 1ª Edição, São Paulo, Editora Planeta, 2015

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Teoria do Caos

A teoria do caos é um ramo da Física e da Matemática que analisa o comportamento de sistemas dinâmicos que possuem sensibilidade às condições iniciais.

Uma consequência dessa sensibilidade é o chamado efeito borboleta, que descreve como uma pequena mudança nas condições iniciais pode gerar grandes diferenças posteriores como, por exemplo, o bater de asas de uma borboleta no Brasil causando um furacão no Texas.

Uma outra ideia básica desta teoria são os atratores, que se tratam de gráficos abstratos que determinam se um sistema é previsível ou caótico.

Atrator Estranho de Lorenz
Fonte da imagem: Wikimedia Commons

Também pode-se citar como base da teoria os fractais, que são figuras da geometria não-euclidiana que descrevem sistemas altamente complexos e imprevisíveis.

Fractal
Fonte da imagem: Wikimedia Commons 

Referências Bibliográficas:

GLEICK, J. Caos: A Criação de Uma Nova Ciência, 16ª Edição, Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 1989

domingo, 21 de janeiro de 2018

Do Universo Geocêntrico ao Universo sem Centro

Nos primórdios das civilizações acreditava-se no modelo geocêntrico por parecer, por senso comum, que a Terra é o centro do Universo.

Posteriormente, numa revolução científica, demonstrou-se o heliocentrismo: modelo segundo o qual o Sol é o centro.

Mas a revolução não parou por aí. Hoje consideramos que o Universo não tem centro (a não ser que se esteja referindo ao Universo observável, neste caso o centro seria exatamente onde nós estamos). Fazemos essa inferência a partir do princípio cosmológico, que diz respeito à homogeneidade e isotropia do Cosmos.

Referências Bibliográficas:

GLEISER, M. Poeira das Estrelas, 1ª Edição, São Paulo, Editora Globo, 2006

http://www.astro.iag.usp.br/~jane/aga215/apostila/cap18.pdf